Crítica: 7 Cordas - de Thaís de Campos





Nesta segunda-feira no Complexo Lagoon, área cultural da zona sul do Rio de Janeiro  tivemos a estreia do curta metragem nacional, 7 Cordas; protagonizado por Rafael Zulu e Jeniffer Setti, em evento fechado e o Desconexão Leitura foi conferir de perto. O evento contou com a presença do elenco Rafael Zulu, Jeniffer Setti, Anderson Tomazini, Felipe Salarolli e Carlos Vereza, faltando apenas Simone Soares por não estar no Brasil. Também estavam presentes a diretora Thaís de Campos, o roteirista Fausto Galvão, o co-roteirista Homero Mendes e os produtores da Barroso Pires Produções Artística. Além disso, marcaram presença famosos como Oscar Magrini, Joaquim Lopes e Adriana Bombom.

O curta envolve romance, música e traz uma mensagem profunda através da reflexão de como decidimos aproveitar e seguir  nossa vida como um todo e a sincronicidade, elemento central da narrativa. Conceito disseminado por Carl Jung, a sincronicidade é um fenômeno que não tem associação a uma causa específica, e se explica somente como uma coincidência significativa.

Rafael Zulu em entrevista
Com essa breve introdução, a trama é centrada no casal musicista Fátima e Domingos, ambos usuários de violões de 7 cordas, vivendo uma relação conturbada por conta do processo de criação meticuloso e perfeccionista de Fátima. Enquanto em Portugal temos Solange, também musicista e usuária de violão de 7 cordas, ousa e se esbanja da vida para dar forma às suas criações, aproveitando de todas as possibilidades. De forma improvável, a música entrelaça as personagens formando uma relação inconsciente sincronística.

O conflito vivenciado por Domingos (Dó) é realçado pela fotografia e as expressões de Rafael Zulu que marcam a angústia e sofrimento do personagem tais, causadas por Fátima (Fá), retratada por Jennifer Setti. A busca  de Fátima por perfeccionismo, originalidade e sua meticulosidade em sua criação musical, quase que obsessivos, a direciona a fechar seus olhos para seu companheiro, gerando a angústia e tristeza de Domingos com o afastamento. E nessa dissonância entre Fá e Dó acometem de causalidade o casal musicista, e enriquecem a trama pela ressonância entre os atores. Em contraponto somos levados por Solange (Sol), retratada por Simone Soares, em que a fotografia e gestual mostram um tom mais suave e alegre a personagem, mostrando-se como um Sol a dissonância de Fá e Dó.







Grande honra conhecer este ator de
tamanho gabarito e história tão rica
O conceito de sincronicidade permeia diferentes momentos na trama, contudo pede maior atenção do espectador para reconhecê-la. Além disso a trama evoca diferentes sentimentos a cada take, tornando mais verossímil a emoções de Domingos levando ao espectador os sentimentos de tristeza e desespero que ele enfrenta como também a sua alegria momentânea ao se deparar com a Sol em meio  tormento gerado por Fá.
Essa interpretação pode ser um tanto equivocada devido a diretora partilhar que o curta teve de ser cortado para 15 minutos, para aumentar sua divulgação, perdendo assim algumas cenas que poderiam para aumentar a experiência do espectador e até mesmo dá outras interpretações a obra. Mesmo assim 7 cordas traz uma ideia interessante e enredo intrigante,  sendo divulgado por meio de festivais no Brasil e mundo.

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